Raízes soberanas

 

A árvore possuía e perpetuava os belos corpos,

Esquálidos e entrelaçados no tronco delirante. 

Jovens iluminados por um campo verdejante,

Desnudados e adormecidos na seiva branca,

Escorriam pelos lapsos da minha ausência

Em espasmos doces e confinados à memória. 

Era eu um andarilho em busca da minha história...

Raízes que pudessem sustentar-me ao passado,

Na luz e no sol que sempre foram a minha glória.

 Ao permanecer atento e alegre como uma sentinela,

Confinado às vozes sábias, ricas e soberanas,

Pude sentir o quanto almejava junto a mim,

A natureza de todo esse mistério sem fim...

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 01/07/2020
Código do texto: T6993482
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