FLOR DESERTA

Cores, sons, fragrância

Onde resta, esperança?

Vidas, sinas, caminhadas

Cadê o brilho da espada?

Nesse deserto em noite enluarada

Procuro o caminho

A minha jornada

Desfaço os perigos...

Da cavalgada

Olhando pro céu

Orando pro Deus

Firmador de estrelas

Detentor de destinos

Qual será então o caminho

Que conduz a flor perfeita?

Será ela feita de radiantes

Átomos viajantes?

E se ela cruzar a minha senda

Sobre a areia o galo gargareja?

E se o tempo com outros ventos

Ocultou, nesse deserto, a flor?

Deus parece só ter uma dúvida:

Lá de cima será que ele vê

A flor do deserto ou o deserto numa flor

A galope ou a trotes rápidos

O instinto do inevitável aflorou

E meu cavalo mago a devorou