Alda
Lembro a noite
A andar na avenida, as luminárias, os carros
Chegar à praça, ver uma mulher, desconhecida
À espera de um cliente
E a penumbra no asfalto, na calçada, nos prédios
Nos ônibus, árvores
A mulher aproximou-se, olhou-me nos olhos
Seguimos, entramos numa casa antiga, subimos a escada
Alda é o nome dela, da desconhecida
Alda foi embora, dentro da noite
Sob a penumbra.