Indefinições...
Não sei porque canto
Se raspas o fundo das contas
A matéria insosa das coisas
Descobres o lodo, o insigne
extraes o sumo dos sonhos
Não sei porque canto
Talvez a matéria das horas vagas
O cacto da felicidade enternecida
Quantos riscos tingem estes momentos
Que aos poucos recompõe-se de outras vidas!
Não sei porque canto
Mais esses cactos em flor
O desejo de morrer não conrrespondido
Que incitam pelo fundo dessas horas
Uma incômoda sensação de se estar vivo
Não sei porque canto
Mais a soma de energia concentrados
sob a efígie sombria do presente
Terão esses segredos decifrados