Transdisciplina na Academia
A vida da Academia viaja na transdisciplina,
que deve ser cristalina no vagão de cada trem.
O tempo é o pincel e a aquarela é a neblina,
na janela da paisagem, o quadro não é de ninguém.
Nos dormentes corre o trem, vuco vuco em sua pista.
Tudo nele é passageiro, menos nosso maquinista.
Passado é o presente que vai queimando na lenha,
mas nossa sabedoria nunca queima, nem distante.
Então a porta se abre para que o mundo venha,
e quem entrar nesse estudo será mais um estudante.
Nos dormentes corre o trem, vuco vuco em sua pista.
Tudo nele é passageiro, menos nosso maquinista.
Nesse trem estão presentes a arte de todo mito,
com um bom reencantamento e também saber profundo.
Se a transdisciplina deixa inquieto um aflito,
é na Universidade que vai testar o seu mundo.
Nos dormentes corre o trem, vuco vuco em sua pista.
Tudo nele é passageiro, menos nosso maquinista.
No vagão há sempre vaga, até mesmo pra doutores,
e esse trem nunca para num eterno vai-e-vem.
Quando a Academia respeita doutores conservadores,
a Transdisciplinalidade cabe no vagão também.
Nos dormentes corre o trem, vuco vuco em sua pista.
Tudo nele é passageiro, menos nosso maquinista.
IIIº SETRANS – Feira de Santana – BA. 20 e 21/11/2007
Universidade Estadual de Feira de Santana - BA.