Sacro/profano
Edson Gonçalves Ferreira
Em tuas pernas quebradas,
Ó menino Deus na manjedoura exposto
Escuto os gritos dos mortais pequeninos
Abandono virou fato quotidiano
O ato final já não espera trinta e três anos
Nem palha mais há
Até trapos servem como instrumentos
E, na beleza trágica do fogo, sacrificam a Ti...
O deixai vir a mim as criancinhas
Aqui, Deus, na Terra, esqueceram-se do reino dos Céus.