O Casamento da Morte e do Inferno

O cheiro vermelho subia na presença da lua

E o cálice se enchia com a penumbra.

Os homens se escondiam

Mas daquele cálice sorveriam

Alto, cantavam uma música estranha

Cheia de dissonâncias e inconstâncias.

O som era púrpura

Com ocultas conjecturas

Vestiam um tecido embebido em sangue

Enquanto dançavam na presença da morte

Sem conhecer os futuros consortes

Que vestiam escarlate

Uns poucos buscavam a noiva

Desconhecendo noivo

Escondido pela noiva até a sua hora

Que em algum momento será o agora

A noiva vinha em um cavalo de cor amarela

E o noivo o seguia sem qualquer montaria

Um quarto do que estava guardado foi devorado

Por ambos, esfomeados

Contudo, os convidados permaneciam sentados

Os convidados se confundem com o banquete

Todos eles estavam presentes

E todos os presentes foram convidados

Mas alguns foram poupados

Do convite amaldiçoado

Dos que lá estavam

Todos foram devorados

O fogo do banquete

Nem de noite nem de dia se apagará

Para sempre a sua fumaça subirá

R R Vieira
Enviado por R R Vieira em 05/05/2020
Reeditado em 05/05/2020
Código do texto: T6938565
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.