Infância caída
Nos dons pequenos
perdi todos desde a infância
meus olhos caíram
e levaram minhas mãos.
A idade era da razão
já caminhava com a culpa
de não ser boa
de olhar e não ver
de chorar sem crer.
Agora, adulta,
a sombra revira os meus olhos
já caída, quase morte
Do chão escuro, vejo longe
um homem caminha todo preto
trinta e três botões em sua veste
estende a mão, não recuso.
Com o olhar falou
mas meus olhos estavam foscos, não entendi
Com as mãos apontou
e na direção segui.