Esvaziar a Xícara...

Em um tempo onde não existe espaço-tempo

Ouço ecos de acordes dentro de mim

São como o tremular de penas bailando ao ar

E sinto o vento cantando em rimas

Num despertar sonoro com o doce perfume do jardim...

O constante sussurrar desse canto

Parece dizer-me enfim:

" Esvazie toda a sua xícara menina

Pois somente a essência de tudo o que É

É que permanece para todo o sempre e sem fim

Tudo o que Não É, se evapora

E se desvanece para lá dos confins...

Aí então eu te digo, minha amiga meu amigo,

Que é chegada a hora

No rompante de uma Aurora

Sorvendo em goles com a pureza do Sentir

A Sapiência do indizível e eterno Agora

Na certeza de que somente o Inefável Amor

Em seus campos (consciência) há de sempre florir.

Portanto, vai sem demora

Erga a Fronte e dê passagem ao altaneiro caminho

Que descortina-se logo adiante

E que aponta certeiro o Alvo a Auferir."

( Meu humilde Ode aos seres do vento, os pássaros.)

Rosa Inês Machado
Enviado por Rosa Inês Machado em 21/04/2020
Código do texto: T6924202
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