Esvaziar a Xícara...
Em um tempo onde não existe espaço-tempo
Ouço ecos de acordes dentro de mim
São como o tremular de penas bailando ao ar
E sinto o vento cantando em rimas
Num despertar sonoro com o doce perfume do jardim...
O constante sussurrar desse canto
Parece dizer-me enfim:
" Esvazie toda a sua xícara menina
Pois somente a essência de tudo o que É
É que permanece para todo o sempre e sem fim
Tudo o que Não É, se evapora
E se desvanece para lá dos confins...
Aí então eu te digo, minha amiga meu amigo,
Que é chegada a hora
No rompante de uma Aurora
Sorvendo em goles com a pureza do Sentir
A Sapiência do indizível e eterno Agora
Na certeza de que somente o Inefável Amor
Em seus campos (consciência) há de sempre florir.
Portanto, vai sem demora
Erga a Fronte e dê passagem ao altaneiro caminho
Que descortina-se logo adiante
E que aponta certeiro o Alvo a Auferir."
( Meu humilde Ode aos seres do vento, os pássaros.)