Proteção mísera
Por que te abates e te abates, fera alma?
Acalmes no pensardes e nele supra seu elmo
Poupeis os sacros o saco de paciência
Não apalpeis o asco da írrita aparência
Por que te abates e te abates, fera alma?
Por que tem égide sua forma serena?
Mofeis os simulacros de coisas pequenas
Ao reverdes seus laços com damas falenas
Por que te abates e te abates, fera dama alma?
Se te dana o coração e dele tens ciência
Não polvilhes vazão, oh lágrimas, lágrimas salgadas
No flúmen de paixões onde correm águas passadas
A ti abates, oh doce, doce proteção mísera
Vale comiseração às mãos... mãos predisseras
Poupáveis são os sacros de buscas mais fáceis
Por que te abates e te abates, abates táteis?
E por brandura não busqueis auras mais fáceis
Não por rancor ou impiedade vós as mofásseis
Queríeis seres e o são flúmenes acros
Almas de predição que sangrareis aos sacros.