Inacabado
As vozes já não soam fortes
Porquê não soam?
Porquê não soam?
No reino da sombra
Na hora crepuscular
Os dons de outrora são vaidade
Esvaziados na ausência
Neste reino de sombras
O tigre ainda ruge
Sons rudes
Em formas selvagens
E ainda somos presas
Consortes com seus senhores
Caminham em passos terrenos
Os que no reino da sombra fazem morada
Sem conceber o sentido da estrada
Porque passeiam os pés pesados
Porque se elevam as mão trôpegas
Porque o reino da morte se esconde
Neste reino transitório
Lembras-me do não transitório
Que se esconde no transitório
No lance ignorado da escada
Porque Teu são os reinos
Reserva para minha hora negativa
O descanso da glória da positiva hora
No reino da Rosa multifoliada
Onde habita o destino e seu Senhor