Ecos - Verdades às Avessas - LXVIII
Beijo a fogueira,
abraço a luz,
saúdo o Sol,
sou o que sou,
a mesma da
pele queimada,
do grito contido,
da injusta punição.
Bendigo a mata,
respeito o vento,
falo com a terra,
contemplo o fogo
e sinto as águas
porque ainda sou
a mesma que traz
as feridas abertas
das injúrias profanadas.
Vivo,
canto,
rio e festejo
ainda sou a mesma
que fala com Deus
no riso e na dança.
Ah! A fogueira...