MÃE NATUREZA

Quando um temporal devasta tudo

a natureza provém o refazimento,

o sol envia luz sobre o lamaçal

curando-lhe as chagas do chão.

O vento acaricia os arvoredos

enxugando-lhe todos os ramos,

dando-lhe de volta vida e graça,

o cântico das aves substitui o trovão.

A planície recebe a enxurrada

e sem revoltar-se reanima-se

transforma a lama em precioso adubo.

O ar que suporta o peso das nuvens

e o choque de faíscas destruidoras

após a tempestade inclemente

torna a leveza e à suavidade.

A árvore de fronde quebrada ou ferida

regenera-se em profundo silêncio

e se enfeita de flores e produz frutos.

A terra sofre entre granizos e lodos,

nem por isso deixa de engrandecer-se

e uma vez mais torna-se exuberante.

A fonte quando tocada pela lama

acolhe os detritos em seu seio

e suas águas continuam a fluir

límpidas, com brandura e humildade.

A natureza por si só se regenera,

mas quando o Homem a agride

apenas o homem pode curá-la.

Os homens maltratam a natureza,

podem matar uma, duas três

podem matar todas as flores,

mas a primavera sempre vem...

* Esta poesia está no livro "Mania de Escrever" a ser lançado brevemente com poesias diversas. Visite o blog http://manniadeescrever.zip.net com poesias do referido livro.

Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 07/10/2007
Código do texto: T684764
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