Anoitecer

É tarde e as estrelas dormem.

Toda luz se reflete nos meus olhos:

a dos silêncios profundos,

a da aldeia da alma,

que adormece na noite

e respira o teu nome

em tudo.

No berço verde dos jasmins,

no branco-canção das camélias,

nos cedros sagrados

onde habitam os seres alados

que tornam a vida tão bela.

Cruzam-me também

nesse teu olhar além

os perfumes libertos

dos frascos eternos.

Tudo é uma tela viva

quando a canção do teu nome

suaviza os descaminhos,

preenche de luz e fecunda

a noite em seu rumo certo.

Com essa imensa canção,

vou dormir,

enquanto a aldeia da alma,

à sombra da imensidão,

dá pousada a tantos anjos

a sorrir.

(Direitos autorais reservados - Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 06/10/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T683808
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