UNO

a vida escorre dos dedos

feito areia da ampulheta

guiada pelas fronteiras de vidro

janelas do mundo exterior

sangue corrente entre o aperto

da lacuna débil da sinapse

neurônio nenhum se entrega

particular de roxo se tornam uno

de milhares e milhões

Uno

e assim, tudo passa

tudo atravessa ao não habitado

tudo morre para a vida nascer

tudo nasce para a vida morrer

duas faces da mesma moeda

indissociável

Uno.

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Lâmpada de Porão
Enviado por Lâmpada de Porão em 12/12/2019
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