Centauro
Eu aponto e atiro a seta
Corro célere atrás da meta
Sei que a estrada não é reta.
Preciso estar atento a tudo que passa
Entender a metade cheia da taça
Compreender cada ínfimo sinal de fumaça.
Assimilar as lições do vai e vem das marés
Enamorar-me da sorte e defender-me do revés
Aprender a dançar no ritmo imprevisível do convés.
Tirar as sábias lições contidas nas pequenas vitórias
Buscar a resultante dos diversos lados das histórias
Guardar apenas o imprescindível no meu livro de memórias.
Refazer quantas vezes forem necessários meus planos
Consultar com a mente aberta meu lastro de tantos anos
Perdoar-me por todos os passados e vindouros desenganos.