Abortada de si mesma.
Sinto o olho repuxar,
doer e latejar
feito uma chaga aberta.
A luz incomoda.
O som incomoda.
Existir é um fardo.
Vou ao médico,
em suas brancas vestes,
e com seus olhos
clinicamente oblíquos
Mas, parece uma espécie
Capitu masculina...
Recomenda-me repouso.
Prescreve-me mais remédios.
Colírios, comprimidos e compressas.
Pergunto em vão.
As respostas são reprisadas como mantras.
Na teia branca da gaze
fico a imaginar a trama das linhas
cochichando entre si.
lá vamos nós...
Vamos tampar esse olho arredio.
Abro o olho dolorido
e, fico com raiva da imagem
Gastando o que me resta
da vista, com tanta coisa feia
e clichê.
Penso em dormir.
Rezo pela pílula eficaz.
Beberico pequenos goles de água
como se fosse licor ou
algum elixir milagroso.
O olho dói.
E a imagem ri de meu olhos...
Pois a retina está ficando torta.
A vida é uma curva perdida
entre o horizonte e o presente
Sinto o olho repuxar,
doer e latejar
feito uma chaga aberta.
A luz incomoda.
O som incomoda.
Existir é um fardo.
Vou ao médico,
em suas brancas vestes,
e com seus olhos
clinicamente oblíquos
Mas, parece uma espécie
Capitu masculina...
Recomenda-me repouso.
Prescreve-me mais remédios.
Colírios, comprimidos e compressas.
Pergunto em vão.
As respostas são reprisadas como mantras.
Na teia branca da gaze
fico a imaginar a trama das linhas
cochichando entre si.
lá vamos nós...
Vamos tampar esse olho arredio.
Abro o olho dolorido
e, fico com raiva da imagem
Gastando o que me resta
da vista, com tanta coisa feia
e clichê.
Penso em dormir.
Rezo pela pílula eficaz.
Beberico pequenos goles de água
como se fosse licor ou
algum elixir milagroso.
O olho dói.
E a imagem ri de meu olhos...
Pois a retina está ficando torta.
A vida é uma curva perdida
entre o horizonte e o presente