Fruto do Amor 
Ele nasceu 
Entre folhas secas e espinhos
Ele cresceu sem proteção e carinho
Enfrentou tempestades sozinho
Sobreviveu a naufrágios
​​​​​​

O menor dos pássaros
De asas coloridas
Que ainda não aprendeu a voar
Mas, tentava 
Frustadamente sair da gaiola
E voar, mostrar ao mundo o que sabe fazer com todas as asas quebradas,
e feridas que a vida lhe deu.

Por de trás de sua aparente forma frágil
Esconde a virilidade de um Lobo.
Com a sensibilidade e delicadeza de um pintor.
Que com um pincel
Em uma tela em branco,
deu vida ao céu.


Colibri ou beija flor ?
Um bastardo, mestiço
Indefinível
Mas, que em seu bico levava
​​​​​​A doçura que transbordava 
Amor 
Por onde for 

Destinado a voar 
Beijando flores
inundando o mundo com suas cores
O arco-íris que representava 
O mais puro e genuíno Amor

Um dia no espelho 
Ele viu o reflexo de sua essência
Uma felicidade que transbordava 
Mas, ainda incompleta

A Intensidade e profundidade de um ser 
De difícil compreensão alheia 

Nessa busca por exteriorizar a grandeza de seu Ser 
Sua luz apagou-se
​​​​Quando perdeu-se
Sua voz entre os ecos da escuridão

E o passarinho cantante 
Que entoava lindos cânticos aos cantos do universo
Se tornou agora, apenas
Um passarinho mudo
Suas penas coloridas 
Se tornaram cinzas 

Na esperança de alguém que pudesse salvá-lo
A queimar

Entre as chamas 
ele adormeceu


​​
Víctor Sigmaringa
Enviado por Víctor Sigmaringa em 13/11/2019
Reeditado em 24/03/2021
Código do texto: T6794238
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