Um dia
todas as armas
matarão tanto
indiscriminadamente
Um dia
todas as armadilhas
farão sangrar
tantas presas.
Que as florestas
serão desertos.
e os oceanos
serão vermelhos.
Um dia
todas as artimanhas,
todas as aranhas,
todas as esquinas
tramarão e apanham
os incautos,
os distraídos.
Que só restarão
os esquizofrênicos,
os que ficam o tempo todo
preocupados e atentos
e se sentem
perseguidos
E despistam
E enganam
até a si mesmos
Na tentativa vã
de escapar do inexorável.
Somos todos mortais.
A morte é nossa única certeza.
A poesia é nossa única saída.
Entre uma rima,
uma nuvem ou
até um afeto
Há um infinito aberto
repleto de reticências
de esperanças vãs
de filosofias pessimistas
de tropeços, lágrimas
e sangue.
A tudo isso que chamamos
vida ou apenas
universo.....
que cabe exatamente
num verso
fortuito e visceral.
todas as armas
matarão tanto
indiscriminadamente
Um dia
todas as armadilhas
farão sangrar
tantas presas.
Que as florestas
serão desertos.
e os oceanos
serão vermelhos.
Um dia
todas as artimanhas,
todas as aranhas,
todas as esquinas
tramarão e apanham
os incautos,
os distraídos.
Que só restarão
os esquizofrênicos,
os que ficam o tempo todo
preocupados e atentos
e se sentem
perseguidos
E despistam
E enganam
até a si mesmos
Na tentativa vã
de escapar do inexorável.
Somos todos mortais.
A morte é nossa única certeza.
A poesia é nossa única saída.
Entre uma rima,
uma nuvem ou
até um afeto
Há um infinito aberto
repleto de reticências
de esperanças vãs
de filosofias pessimistas
de tropeços, lágrimas
e sangue.
A tudo isso que chamamos
vida ou apenas
universo.....
que cabe exatamente
num verso
fortuito e visceral.