O QUE POSSO DIZER DESTE ÍNTIMO?
Contra meu íntimo feliz ou infeliz,
Não posso assumir nada!
Muito menos, dizer sobre suas características,
Nem ensiná-la a nadar nas límpidas águas,
Como também, voar igual a andorinha,
Entretanto, misteriosamente,
Num papel simples e branco,
As minhas mãos se entram em sintonia,
Para harmonizar as letras benditas,
Ao soar do sino da Catedral que bate.
E vou deixando os traços meus,
Na plenitude dos tempos em verdade,
Pois a mentira consome o resto a sobrar,
Das pequenas areias das praias.
Sim, é isso mesmo!
As praias de dentro do homem,
Numa leveza daqueles encontros,
No qual o corpo e alma se conectam.
Ah, gosto da liberdade!
Por favor, não confundir com libertinagem,
Nas terras por onde os passos espirituais,
Vão seguindo o percurso inteiro existencial.
Quando me deparo,
Já estou em outra atmosfera,
Cuja saudade se entrega,
Aos contos raros da história.
Contra meu íntimo feliz ou infeliz,
Não posso assumir nada!
Até pelo fato do nada ser alguma coisa,
E esta coisa sempre existir…
Existindo na inteireza do ser,
E no final de tudo,
Pego-me observando o invisível,
Manifestado no ato de sentir o respirar.