Divindade
Incólume... A oriunda essência do teu amor!
Viva e tenaz concebe-me, ora suas raízes,
Que me traz suas branduras eternas...
E nunca mais terei de ouvir que partistes.
Tragada a mim pelos seres altos e míticos,
Perdurei meu peito... etéreo antes da tua vinda!
E com a virtude dos teus passos límpidos,
Me vieste pela sapiência das orações que nunca finda.
Olhara-me com teus lindos olhos tão inócuo,
E se a minha voz te suscita, ouça-a no âmago!
Perdera-se! Dentro do teu prover retórico,
Soubera usar tua sabedoria, divino e cômico.
Oh! Andara pelo centro dos mais vastos vales...
Ainda inerente da voracidade dos fortes ventos,
Se curara! ‘’E a energia do meu olhar te luziu’’
Me amara! E a bondade do alto te serviu.
Orara no altar do virtuoso cântico sagrado,
Destinado à grandeza da própria austeridade,
Ó, luz... Traga-me a mansidão de um lobo domado!
E que a tua glória abençoe a nós, Ó majestade!
Sustento-me com pilar das tuas palavras afáveis,
Que as vozes e o profeta não voem da razão!
Ora! A sorte das tuas brancas vestes laváveis,
Perdoara-te por completo e todo seu coração.
Concentra-me nas águas mais claras e calmas,
Abraça-me! Aperta meu corpo eternamente,
Juntos somos um só! Duas almas que nunca separa,
E teu olhar deslumbrante eterniza-nos para sempre!