Paranóia
Vejo rostos em todos os lugares.
Não rostos quaisquer,
mas sim o seu.
Em cada lugar que vou.
Em cada esquina que ando.
Cada faixa que cruzo...
Fecho e abro os olhos rapidamente,
para ter certeza que é você.
Não é!
Tudo desaparece em frações de segundos.
Até que escuto tua voz.
Juro que és tua.
Olho assustada para trás.
Não és!
Entro em um bar de aparência peculiar,
compro uma água,
Sento.
Tudo parece se acalmar,
então toca Depeche Mode na Jukebox.
Olho para à máquina
e a paranóia volta a me abraçar.
A insistir que você está presente,
mesmo sem estar lá.
Talvez em algum universo,
desse multiverso,
eu estou do teu lado,
ouvindo tua voz,
que ecoa sobre uma fenda,
até minha paranoide
particular.