Meditando

E num pulso sereno escutava o tambor

Uma luz na floresta convidava a andar

Caminhava na trilha e ouvia cantar

A mais doce voz, de amor e de cura

Folhas secas no chão,  cachoeira, água pura

Pássaros coloridos no alto a mostrar

O caminho a seguir, abuelita a esperar

Na densa mata, a clareira surgiu

Senti um calor e uma luz me chamar

Ao redor da fogueira, um conselho de avós

De cabelos grisalhos , uma pena dourada

Pala branco enfeitado e saber milenar

Sussurou-me baixinho, quase a cantar:

" amor, amor, amor pela vida

 Amor, amor, amor pelo chão

 Amor, amor, amor vida

 Amor, amor, amor pelo irmão "

Entregou de presente asas para voar

Um abraço tão terno, o que posso ofertar

Lhe dei meu coração e voei para amar...