Assim na Terra como no céu
Planetas, casas e aspectos apontam meu caminho
Cada ínfima pétala de flor ou venenoso espinho
Cada gota de sangue vertido ou gelada taça de vinho
Só que na verdade, o final, sou eu que decido sozinho.
Constelações e efemérides refletem meus passos
Cometas, asteroides e fases da lua desenham meus traços
Múltiplas combinações astrais amarram meus laços
Conceitos imemoriais juntam e harmonizam meus pedaços.
Sou uno, um simples ponto solto na esfera
Um renascido a cada atemporal primavera
Tênue equilíbrio da balança entre ansiedade e espera
A cúspide , o prenúncio e o inevitável final de uma era.
Sou o livre arbítrio medindo forças com o destino
Sou a maturidade e a esperança nos olhos do menino
Sou a sanidade sonhando com o maior desatino
Sou na minha própria vida, um eterno clandestino.