Há
Há um rio que espera meu repouso
Há um céu que espera meu cantar
Há um livro que espera pelo meu gozo
São tantas coisas que não sei como começar
Há um povoado que espera silencioso
Há um corpo que quero desnudar
Há um amigo distante e mentiroso
São meus amores que me obrigam a pensar
Há um sorriso no final de cada pranto
Uma Luz para toda enfermidade
Um coração que rejeita os quebrantos
São os conjuros que me dá a mocidade
Um espaço no final do cemitério
De uma vez apagara tua vaidade
Que outra vida tera, se é um mistério?
São estas dúvidas que me fazem desvelar
Há um rio que espera meu repouso
Há um céu que espera meu cantar
Há um livro que espera pelo meu gozo
São tantas coisas que prefiro terminar.