Deus virou as costas para mim
No limiar do medo
moram meus demônios da perdição
lançando qualquer feitiço que
mate
amordace
desfaça minha luz
Afogada no oceano de pesadelos
percorro sua imensidão de possibilidades
sem qualquer relação com o justo
Não quero o Certo quando nasci do Errado
Lágrimas secas
na imensidão de um sorriso desordenado
são a prova de um lar resplandecente
onde sombras de um universo paralelo
protegem-me do próprio ar celeste
Porque não mereço o paraíso?
Deus virou as costas para mim
logo eu... um ser feito de cristal
moldado às mãos de um querubim
Mas não
não fui capaz de alcançar a plena perfeição
meus ossos são feitos de vidro
confirmando a sua vil negação