LABIRINTO
Ao que tenta me entender;
ao que me conforta no desespero;
ao que me olha com ternura e proteção;
ao que me ama pelo que eu sou, pelo o que fui e ainda serei.
É quem eu amo!
Tento esquecer:
o meu próprio desespero,
as dores da alma e as transições.
Esquecerei!
Não sou céu;
não sou águia;
não sou heroína e, muito menos, soldado.
Sou o que sou: com dor, rancor, fervor e amor.
Sou 'EU'!
Vejo o céu e as estrelas...
Todas brilhantes!
Quero esquecer as pedras e as sujeiras...
Quero acreditar no eterno vir e ir das sombras e das ondas....
'EU' quero!
Vibro com os tambores, com as cores e com as flores.
Eu vibro!
Vejo-te nesse bailar profundo junto ao meu corpo e minha alma, sem nenhuma amarra.
Vejo-te sobre o meu céu, como uma estrela eterna e brilhante;
indestrutível às sobras e ao tempo.
Vejo-te!