ÍDOLOS DE BARRO

O escuro da noite oculta os mistérios do cosmos que à tudo contém

Na infinitude do espaço-tempo fluem as ondas refluxo de cada pulsar

Na etérea dança polar da poeira se formam as pedras que voam além

E o arco dourado do acaso dispara silente a flecha da sorte e do azar

A fúria das estrelas de fogo anuncia outra chuva que vem no porvir

Barcos vagam perdidos no mar de ilusões onde a tormenta irá sobrevir

Um raio cai na montanha enquanto se atinge o calcanhar dos heróis

No abrir da caixa de pandora dos medos irracionais inerentes à nós

A luz que ilumina ilusões sob a sombra que ofusca o real brilha além

Em gravuras marcadas em tábuas de pedras sagradas com dor e prazer

Pela vontade de domínio do espaço e controle do tempo antiga do ser

Ídolos de barro banhados à ouro, caídos no prélio do mal e do bem

Novos valores recriam caminhos na estrada vazia do tempo sem fim

Pulsam no instante que interliga os universos infindos do Eu e de mim

A roda da guerra e vingança encontra o seu fim no martelo da cooperação

Na ponte erguida sobre abismos o elo entre a fonte da vida e a superação

NoOnee
Enviado por NoOnee em 20/08/2019
Reeditado em 20/08/2019
Código do texto: T6724877
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