ÍDOLOS DE BARRO
O escuro da noite oculta os mistérios do cosmos que à tudo contém
Na infinitude do espaço-tempo fluem as ondas refluxo de cada pulsar
Na etérea dança polar da poeira se formam as pedras que voam além
E o arco dourado do acaso dispara silente a flecha da sorte e do azar
A fúria das estrelas de fogo anuncia outra chuva que vem no porvir
Barcos vagam perdidos no mar de ilusões onde a tormenta irá sobrevir
Um raio cai na montanha enquanto se atinge o calcanhar dos heróis
No abrir da caixa de pandora dos medos irracionais inerentes à nós
A luz que ilumina ilusões sob a sombra que ofusca o real brilha além
Em gravuras marcadas em tábuas de pedras sagradas com dor e prazer
Pela vontade de domínio do espaço e controle do tempo antiga do ser
Ídolos de barro banhados à ouro, caídos no prélio do mal e do bem
Novos valores recriam caminhos na estrada vazia do tempo sem fim
Pulsam no instante que interliga os universos infindos do Eu e de mim
A roda da guerra e vingança encontra o seu fim no martelo da cooperação
Na ponte erguida sobre abismos o elo entre a fonte da vida e a superação