Da Pacem Domine
Jerusalém brota no coração do homem.
Torna-se a alma peregrina.
Para dentro,
Caminha, descalço; um foco alvo e rubro
Encanta os passos para o fim de tudo –
O encontro de sua real face, eixo do mundo.
A Terra Santa brilha na alma vária.
Bruxuleia
E na estrada pedras e alacrões entopem os olhos.
Sarracenas são as víboras que a cercam, cidadela
Sarracenas são tais paixões que levas, o alforje
Onde guardas, homem, teu punhal de língua
E a mão abrupta, na carícia de tua fêmea infâmia.
Saladino está em ti. O outro, deixa-o com os mouros.
Vês o Cordeiro e o templário válido, a cruz no peito
E a espada por Ele prometida, não a paz. Rasgam-te ao meio.
Lacraias não são mais. As pedras erguerão um novo templo
Que és tu, sagrado cavaleiro. Agora sim, dentro de ti
Jerusalém encontrarás.