CAMINHOS ABSTRATOS
Seres vazios caminhando por estradas virtuais,
A realidade concreta cada vez mais distante,
Paixões estranhas, imperfeitas e alucinantes,
Fazendo-nos viver existências parciais.
Seres escravos de um mundo abstrato,
Adestrados por um só movimento retilíneo,
Guiados por miragens em direção a um falso destino,
E sem harmonia, por ventos frios somos levados.
Perdemos a oportunidade de nossas escolhas,
Fragmentamos a imensidão do espaço com nossos muros,
Por medo, distanciamos da liberdade para viermos no escuro,
Cultivando os jardins cinéreos de nossas bolhas.
Espero ainda sermos capazes de encontrarmos a transcendência,
De vivermos a essência humana em sua totalidade,
De derrubarmos os muros e plantarmos os jardins da felicidade,
Onde respiraremos o aroma da doce existência.