CAMINHOS ABSTRATOS

Seres vazios caminhando por estradas virtuais,

A realidade concreta cada vez mais distante,

Paixões estranhas, imperfeitas e alucinantes,

Fazendo-nos viver existências parciais.

Seres escravos de um mundo abstrato,

Adestrados por um só movimento retilíneo,

Guiados por miragens em direção a um falso destino,

E sem harmonia, por ventos frios somos levados.

Perdemos a oportunidade de nossas escolhas,

Fragmentamos a imensidão do espaço com nossos muros,

Por medo, distanciamos da liberdade para viermos no escuro,

Cultivando os jardins cinéreos de nossas bolhas.

Espero ainda sermos capazes de encontrarmos a transcendência,

De vivermos a essência humana em sua totalidade,

De derrubarmos os muros e plantarmos os jardins da felicidade,

Onde respiraremos o aroma da doce existência.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 31/05/2019
Código do texto: T6661454
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