O VAMPIRO
Calo teus lábios com beijo de morte
E cubro teu corpo com alvo lençol
Liso como a textura da tua pele
Sou levado pelas minhas fantasias
E com volúpia sugo teu sangue
Sinto o cheiro do teu perfume
E do teu olhar cai uma lágrima
Linda virgem de olhar inocente
Tens agora um prazer inconsciente
Um orgasmo semelhante ao de orgias
Abraço teu corpo frio já inerte
Não sinto as batidas do seu coração
E o teu pulso não mais pulsa
Mas ainda busco uma fria emoção
Ao som de fúnebres melodias
Solitário êxtase num corpo dormente
Ténue e sombrio, amargo e diferente
Seu sorriso em minha lembrança
Solto um grito já sem esperança
Não existe resto nos meus dias
A morte não me acha com uma lupa
A noite sangra por minha culpa
E o inferno não é mais uma desculpa
Para uma última mordida
Embriagar-se com um último beijo
Um mistério no vão de um desejo
O vampiro cumpre a sua sina
Suas emoções são frias
Suas vítimas estão nuas
Suas mentes estão vazias