Depois da chuva
A noite
Chorou incessantemente
E as nuvens carregadas
Cobriram o brilho da lua
Apagaram as estrelas
Que cada vez ficavam
Mais distantes
Do meu olhar
Na madrugada
A chuva se despediu
Deixando seus vestígios
Nas poças de lama
E nas folhas
Onde se aglomeraram
O doce orvalho
Que em suaves gotas
Beijavam a terra úmida
Olhei o céu nublado
No distante horizonte
Onde o Sol
Reaparecia tímido
Com receio de voltar
E brigar com a tempestade
Que ameaçava retornar
Enquanto isso os rios transbordavam
O coração martelava
Na altura das ondas
Que bravias morriam
À beira da praia
Onde as areias
Eram acaloradas
Novamente pela estrela da manhã