O invisivèl;

Jà nâo me veem
Mas tomam de mim
O que nunca me pertenceu
E morreu antes do fim

Jà nâo me tocam
E veem o vazio 
Das chagas abertas
E das minhas feridas

E me veem sempre
Através do que não sou
A sombra de uma caricatura
Em minhas perdas e procuras

Dos meus olhos jà não enxergam
O tempo estranhado
Desvios e desejos
Nunca foram consumados

 
Maria Socorro Costa
Enviado por Maria Socorro Costa em 11/03/2019
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