Espera
De tanto esperar, eu vi secar,
Não lágrimas vãs, mas ferida a curar,
Pelo tempo, aquele que tudo sara,
Não lembranças, que aos poucos desampara.
A ilusão alimenta o intento,
Espera contínua, amálgama de tormento,
Cabalística como o fogo-fátuo,
Quem sonha, em aguardo perpétuo.
Sozinho me preencho de pensar,
De tanto pensar...parei de sonhar,
De tanto pensar, não vi o tempo passar.