Quando o vaso de barro se tornou raro
Tudo ficou em silêncio
E a brisa soprou meu rosto
Na altitute de uma montanha
Enquanto os cacos de um vaso
Semeiavam o chão
E o vinho que ele continha
Formou uma nuvem
Chovendo sobre a semente do barro
Alguns pés pisaram os cacos
Até formarem farelos
E novamente penetrarem a terra
Até que um olhar
Enxergou o barro
E o juntou em uma vasilha
Levou-o até sua olaria
E fez um novo vaso
E agora na prateleira
Era admirado pelos olhos
Daqueles que pisaram seus cacos
E todos os dias
Havia a tola tentativa
De comprá-lo
Mas seu artista o tinha como precioso
Assim tornou-se raro