Quando o vaso de barro se tornou raro

Tudo ficou em silêncio

E a brisa soprou meu rosto

Na altitute de uma montanha

Enquanto os cacos de um vaso

Semeiavam o chão

E o vinho que ele continha

Formou uma nuvem

Chovendo sobre a semente do barro

Alguns pés pisaram os cacos

Até formarem farelos

E novamente penetrarem a terra

Até que um olhar

Enxergou o barro

E o juntou em uma vasilha

Levou-o até sua olaria

E fez um novo vaso

E agora na prateleira

Era admirado pelos olhos

Daqueles que pisaram seus cacos

E todos os dias

Havia a tola tentativa

De comprá-lo

Mas seu artista o tinha como precioso

Assim tornou-se raro

Scarlett
Enviado por Scarlett em 13/02/2019
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