O MEU QUERER

Não sei como é minha poesia,
Se tateia, se volteia,
Se é bonita, se feia,
Se rasurada,
Se parca de harmonia,
Se via da imprecisão,
Se mais da mesma, repetição.
Sei é da minha agonia,
Na sinuosa estrada,
Da minha alma vazia,
Da lúdica necessidade,
De ser preenchida,
Com algo mais do que a realidade.
Sei é que me atrevo,
Caneta e papel,
E já me sinto um alado corcel,
Em um painel de etéreo enlevo,
Manifesto o meu querer,
Pois, eu só sei viver...
Com os simples versos que escrevo.