Estética do amor infinito

Meu amor está mergulhado no mar de mentiras de amores ardentes

És minha crise existencial na abóboda de obsessivas paixões – pérola desejada

És o meu cântico orgástico que me eleva aos céus divinais

Teu inóculo amor induz a nudez de minha alma

Os mais puros beijos que teus seios me deram

Na divina comédia renascida das trevas

Cada absorto orgasmo em sua silenciosa contemplação

Olhares lascivos na sinuosa cópula maligna

Toques secretos nas lascivas carnais

Languidez de curto orgasmo humano

Estética irretocável esculpida por anjos

Pudor sombrio no fanático acme do prazer

Orgasmo cáustico de anjos vampiros que secam o sangue angelical

Na luta de horizontes noturnos de pura paixão nas mentiras humanas

Luar de mágica luxúria dos lobos vorazes

Paixão onírica nos mares de salol fenecente

Mares rosáceos que fumegam nas áreas erógenas

Meu sangue ferveu no beijo incandescente musicado de teus lábios erotógenos

Sensualmente pueril ao virginal tálamo ardente

Beijo imperioso no universo denso e delicado

Sutil e sinuoso nos lençóis do divino amor

Experiência amorosa hipnótica no mundo de cheiros mortais

Nas cores lúgubres do outono

As temperaturas do pecado da carne

Os sons e ecos difusos nos uivos de lobisomens malditos

Amor sinestésico na floresta boreal

Puramente lírico nos amores doidivanas dos lobos vorazes

Paródia celestina de lírica divina

Oásis pictórico que dessedenta a sede dos vampiros

Fuga da pieguice da inocência perdida

Puramente lírico nos lençóis dos imortais humanos

Sacralidade tolhida no Éden cabalístico

Opulência paixão presenteada pelos divinos céus

Enigmática entrância que suga a alma

Apaixonante orgasmo de loucura paixão

Sensação que flutua pelos espaços siderais das luxúrias carnais

Arrastado por corrente de água numa áurea fantasiosa

Sentidos dormentes que acalenta anjos caídos

Atmosfera onírica de diabólicos prazeres

Memória difusa nos olhares entre o divino e o carnal

Lógica de sentidos dormentes que calam a razão

Atmosfera onírica que desinibe o amor

Da razão infausta que destrói a vida

Memória que são borrões de tintas malignas que esvai o amor imortal

Atmosfera onírica e inocente de amor na tenra idade eterna

Um mistério nos caminhos do humano-satânico

Imagem fulgente do primeiro amor no crepúsculo edênico

Imagem inesquecível da maldição do Éden

Cruelmente incompreensível no amor que mata os sonhos humanos

Tiro da água no amor carnal

Do Céu a Terra – os amores se eternizam

O céu não é o limite do orgasmo divinal

A Terra é a morada orgástica entre o sagrado-profano

Os beijos no ponto de ebulição que despreza os céus

O cortejo devoto no efeito entorpecente e sonoro dos amores

Decantação inflamável no acme da musicalidade maldita

É a sublimação que desconstrói a obviedade divina

No concretismo dos amores entre os deuses-humanos

Imortal legado no lado obscuro sob a pele gênese da África

Nos excessos das cores vivas e fortes do édito universal

É o lado visível mais denso e frio na aliança trincada

É a pele que habito nas ruas escuras do meu erro maldito

É o terror de sobrevivência nos escuros cenários da vida

Nostálgicos uivos de lobos solitários no castigo celestino

Sem filigranas retóricas – no desprezo da vida

Nem palavras e sem lágrimas voláteis

Na volatilidade vã do amor timoneiro nas mãos dos céus vingativos

Turbulentos e turvos foram às cláusulas edênicas

Turbidez é a função da letra supérflua de amores

Os arrepios inexplicáveis do beijo gélido

A alma herege diante do olhar amedrontador

Indefesa ante o inquisidor ávido do Éden

Inflige o beijo silvestre na alma desnuda

Trêmula – e sem ímpeto de reação

Curva-se a duras penas da submissão

No lapso vital – emanam os últimos gemidos

Da vida na esfera terrestre

Dos prazeres da concupiscência carnal

Na excitação do alvorecer da vetusta cripta.

Jacobson Bill
Enviado por Jacobson Bill em 16/12/2018
Código do texto: T6528126
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.