Transmutação
Já não tenho pressa.....
Vida nova me assanha.
Quero o teto mais alto cantar.
Sou o fluxo de um novo ciclo.
Venci a morte e seus perigos.
Dai-me a leveza da paz a flutuar pelos campos.
Irmão vento, leve-me até as montanhas......
Perfuma-me com a essência das flores e florestas.
Pois, para esta terra, deixo a minha casca.
Um sopro de vida que agora é poeira.
Irei para além do arco-iris...
De semente volto a ser pó das estrelas.
Uma chama eterna que não se apaga.
O fogo vivo que volta a ser livre.
Autor: Francisco de Assis Dorneles