Luz e sombras - Encontros - XVII
Acalmo-me,
porque de mim
partiram alguns
fantasmas e ecos
que outrora eu
dissimulava em
risos e prantos,
acalmo-me
porque meu
multifacetado
ser despede-se,
a cada instante
dos defeitos
decorados com
flores mortas,
acalmo-me,
porque decidi
limpar além da
superfície minhas
profundezas antes
negada pelo meu
verbo fraco,
acalmo-me
porque sei que
além de meus
olhos existe uma
poesia ainda a nós
incompreensível...