Colapso
Me perco e me acho em ti
Universo
Me cedo e entardeço em si
Manifesto
Sou e espero
Existência
Vou e acelero
Paciência
Em meio ao caos e putrefato
Lamento
Semeio tal fato
Tormento
Na multidão
Vazio
Na imensidão
Me silencio
A quem pertence
Esse vago movimento
Andante
Quem ascende
Nesse passo vento
Amante
És rua e casa
Enfim
És nua e vaza
Em mim
Transcende o vago
Efêmera paisagem
Se vende o pago
Eterna miragem
Flutua e voa
Pluma
Atua e entoa
Consuma
Teu corpo em inércia
Duvida do calor
Teu fogo em Mércia
Oscila vapor
Sua alma ruborizada
Deixe a vista
Sua calma acentuada
Deleite e assista
Se em mim
Te formas
Metamorfose
Se em mim
Tu bordas
Neurose
Fazer-te ser luz
Ou escuridão
Ser-te e conduz
Minha ilusão
Elucida o meu anseio
Que não sabe querer
Convida e traz teu seio
Que não sabe esconder
Morada e viagem
Permaneço
Selada em sondagem
Floreço
E que reste em tudo
Apenas o nada
O que veste o mundo
Se despi em madrugada
- PRISCILA ANINE