Prólogo do vento
Efêmero verbo que ressoa,
Que transcendi...
Que entoa...
A natureza profunda dos vales,
Na divagação de certas aves...
Que no imaculado alto-mar profere a sabedoria da liberdade,
Que no mais escondido dos ninhos sempre sopra um zumbidinho,
A empurrar esse caracol perto do girassol,
A esconder o sol e suas luzes,
A promover penumbra com as nuvens...
Mas seu prelúdio dista de findar sua beleza,
Pois aquarelas vermelhas, roxas e amarelas,
Derramadas e transladadas no anil firmamento,
Cria sorrisos e admiração de olhos que são presos em atenção...
Mas quem não contempla sua leveza?
E sua estranha convivência?
Às vezes as casas são destelhadas,
Às vezes acaricia a frágil asa de uma borboleta...
Mesmo as mais escondidas (aquelas dos jardins).
No ir e vir das violetas com os jasmins...