IMERSO NO LIMBO

Contemplo a relva a se espraiar pelo campo

E dos pássaros canoros escuto-lhes o canto.

Meu pensamento errante vagueia no tempo

Sob a companhia de meu amigo, o vento.

Encontro-me um alguém imerso no limbo

Para ser içado a paraíso cada vez mais lindo.

Carrego um fardo que me alquebra o ombro

Sinto-me escravo sob o látego no lombo.

Tal situação um dia passará, mas, quando?

Não descanso e ainda que cansado, ando!

Prossigo e insisto neste caminhar tanto

Na ânsia de não habitar este infecto antro.

Meu sonho passeia entre o diabo e o santo

Da tentação me esquivando, ao menos, por enquanto.

Investidas ardis vou vencendo, sôfrego, no entanto,

Dia a dia a esquivar sob o mesmo imperecível pranto.

José Luciano
Enviado por José Luciano em 20/08/2018
Código do texto: T6425018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.