TALVEZ
Desprendida de responsabilidade,
Reverbero como flor de primavera,
Distante das incertezas da realidade,
Da densidade que obstrui a esclera.
Tangentes de sonhos, invento,
Não mais amar em vão, ferir o peito,
Tudo posso; me aposso das asas do vento.
Agora, sou mulher-pássaro, fluidez,
Sem o pragmático peso da lucidez.
Fuga...? talvez, a vida me dá esse direito.
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HLuna
COM CERTEZA
Sou mais eu, mulher guerreira,
vou sozinha aonde quero,
hoje ind'é segunda feira,
fico em paz, não desespero.
O tempo, o tempo não para,
já ouvi alguém dizer.
Na verdade ele dispara,
nunca para de correr.
Eu, por mim, sigo sonhando,
mergulhada em fantasia.
Sigo alegre, vou cantando,
canções de amor - poesias.