IDÍLIO
Bebericando um Porto marcante
Observando teu lábio frugal
Teu olhar me pega em flagrante
Teu riso retribui sensual

E vamos proseando macio
Entre as taças de vinho
Trocando olhar de amavio
Palavras de encanto e carinho

De um jeito tão natural
Falando de coisas diversas
Um toque na mão casual
Vontades um tanto imersas

Na fina sintonia entre a gente
Ficamos noite adentro e afora
Num idílio quase inocente
Até nos surpreender a aurora

Mistura lúbrica da gente
Gemidos noturnos reverberando
Canção de um saxofone caliente
Poetas inebriados se amando

A entrega de início ainda receosa
O olhar do amante que envolve
A voz cicia quente e cariciosa
Unguento que à mágoa dissolve

A alma receptiva se torna aos poucos
Nas carícias ternas do Poeta
A Poetisa em queixumes roucos
O olhar brilhando já faz festa

Finalmente ela se entrega confiante
E imerge nas ondas do desejo
Inebriada se entrega ao amante
Que retribui num sugado beijo

E o céu deles se avizinha
O luar adentra majestoso
As estrelas tudo advinha
Amantes num amor tão gostoso.

POETADOAMOR
Enviado por POETADOAMOR em 02/08/2018
Reeditado em 23/04/2022
Código do texto: T6407504
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