ASTROS E ESTRELAS
Tremulam.
Balançam... diante de meus olhos balançam.
As lágrimas os transformam em frágeis pontinhos móveis.
Tremulam e eu...
Eu aqui estrelas a contar.
Eu aqui a imaginar.
Eu aqui a chorar.
Por algo que não vai voltar?
Pelo meu ingênuo acreditar?
Por alguém que não soube me amar?
Não.
Meu choro não se restringe a tão pouco.
É maior.
É coisa de louco.
Não choro por este tempo de agora.
Eu choro por outros tempos.
Choro pelo outrora.
Como deixamos tudo ir embora?
Astros e estrelas.
Solidão.
Tudo aqui, na palma da minha mão.
Ilusão, desilusão.
Tudo guardado num imenso coração.