ASTROS E ESTRELAS

Tremulam.

Balançam... diante de meus olhos balançam.

As lágrimas os transformam em frágeis pontinhos móveis.

Tremulam e eu...

Eu aqui estrelas a contar.

Eu aqui a imaginar.

Eu aqui a chorar.

Por algo que não vai voltar?

Pelo meu ingênuo acreditar?

Por alguém que não soube me amar?

Não.

Meu choro não se restringe a tão pouco.

É maior.

É coisa de louco.

Não choro por este tempo de agora.

Eu choro por outros tempos.

Choro pelo outrora.

Como deixamos tudo ir embora?

Astros e estrelas.

Solidão.

Tudo aqui, na palma da minha mão.

Ilusão, desilusão.

Tudo guardado num imenso coração.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 05/09/2007
Reeditado em 08/04/2011
Código do texto: T639233
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