CAMPO ONÍRICO
Meus sonhos são dantescos; a alma chora!
Há um aluvião de lágrimas em minha face,
É um tédio tenebroso; realidade e massacre
Que faz da saudade o sabor de minha viola!
É uma dor reticente; um túmulo de agonia,
O peito grita lascivo; overdose dum pânico
Em que a luxúria é um retrato infiel, titânico,
Engendrado no organismo virtual da utopia!
Desgrenhado, o corpo é sonegado pelo vírus
Que segrega do átomo a mansidão dos lírios
E um aroma nefasto é a genética dos olfatos...
Uma energia cósmica advém; tudo efêmero...
Na fantasia, necrose do tempo que é gênero
Que demarca as linhas dos desenhos inexatos!
DE Ivan de Oliveira Melo