CAMPO ONÍRICO

Meus sonhos são dantescos; a alma chora!

Há um aluvião de lágrimas em minha face,

É um tédio tenebroso; realidade e massacre

Que faz da saudade o sabor de minha viola!

É uma dor reticente; um túmulo de agonia,

O peito grita lascivo; overdose dum pânico

Em que a luxúria é um retrato infiel, titânico,

Engendrado no organismo virtual da utopia!

Desgrenhado, o corpo é sonegado pelo vírus

Que segrega do átomo a mansidão dos lírios

E um aroma nefasto é a genética dos olfatos...

Uma energia cósmica advém; tudo efêmero...

Na fantasia, necrose do tempo que é gênero

Que demarca as linhas dos desenhos inexatos!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 30/06/2018
Código do texto: T6378017
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