DEVANEIOS NO INFINITO
Juliana Valis




Sigo estrelas que pairam no infinito,

Em passos sós, meus versos são cometas,

Nos universos de uma fé que grito,

Além do vácuo, além de mil planetas... 




E, nos percalços do infinito, bem ou mal

As letras fluem como réquiens de uma luz,

Na velocidade do amor transcendental,

Irradiando o enigma que todo sonho só induz...



Quando, então, as emoções viram estrelas

Lá no céu que a própria alma já mantém,

Sem calma, temos a esperança de revê-las

Na própria dança de uma paz que vai além...



Ah, delírios intrépidos de sentimentos planos,

Declamem aos ventos esses versos sós,

Naufragando luz nos corações humanos,

Sensações que temos muito além de nós !



E quando, enfim, tivermos consciência

Da missão que exulta em cada humana vida,

Poderemos ver a mais sublime essência

Do amor que o infinito só nos elucida.