O POETA E A LUA
Emana um brilho dourado,
Entra pelo vão da janela,
Estão muito ocupados,
Para notarem a presença dela.
Se retira silente,
Mira o olhar para outra tangente,
E segue a sina,
De luzir solitariamente.
Mas, eis, que em uma esquina,
Ela contempla um dinâmico quadro,
Alguém enfrenta a noite fria,
Dança, lança poesia,
Na aragem,
Notívaga viagem...
E ela se apresenta linda, nua,
Já não há mais solidão,
Há a plena fascinação,
O poeta e a lua,
Em um encontro transcendente.