ÊXTASE
ÊXTASE
JB Xavier
Vago pelas fronteiras do infinito,
Onde o indelével é somente uma neblina
Em que novos infinitos se iniciam...
Sou um fóton, de brevíssima existência,
Um brilho pequenino no universo,
Um pêndulo oscilante em busca do equilíbrio
Que jaz logo à frente, onde começa a plenitude...
Sigo a Fênix, que à frente, sobrevoa meus caminhos
Recolhendo as cinzas das quais um dia, renascerá...
Embebedo-me das essências dos ventos siderais
Navegando nas ondas do imutável, em sua eterna metamorfose...
Estou em tudo e em lugar nenhum...
Aspirando as essências do saber desconhecido
Enquanto desgrudam-se de mim os inúteis saberes...
O horizonte é apenas uma linha impalpável de quietudes
Na sublimidade da pureza, volátil e elevada à sua quintessência...
Tudo é quietude, no silêncio da paz dessa quietação...
E flutuo, como a pluma levada pela tempestade,
Que pousará no alto da montanha de todas as clarividências
De onde, com a visão expandida pela própria consciência
Observará o Todo, a anovelar-se, gerando a própria eternidade...