Apagador de Estrelas!!!

Todo principiar de um novo dia, ele vem assoviando a canção do vento. E em pouco tempo, apaga as estrelas, não há estrelicídio, pois o apagador de estrelas apenas desconecta as para adormecê-las. Tolas meninas que bailaram à noite inteira. E todas , brilharam intensas iguais celestiais colombinas.

Um cabaré purificado no céu, onde na mecânica divina, "levis" e soltas, nada foi ao leu. Ele, no passado guardado, foi apagador de lampiões, em ruas perdidas do universo. E em cada métrico verso, acendia ardentes e lascivas ilusões. Nada real, mas rima normal, em interminável vertigem ao riscar o breu, entre um cometa errante e ao romper de uma estrela virgem.

Depois que os lampiões se foram em agônica debandada, entre letras mortas e a inútil escuridão. Veio a sublime tarefa de tirar o pé do chão, subir as novas escadarias do céu. E nada foi ao leu...

Pobre poeta transfigurado, no seu enfado de vê-las brilhar e não poder tocá-las, na fogueira da paixão platônica, apenas de longe vê-las...e rompeu no apogeu do breu, o apagador de estrelas!!!

Todo principiar de um novo dia, ele vem assoviando a canção do vento. E em pouco tempo, apaga as estrelas, não há estrelicídio, pois o apagador de estrelas apenas desconecta as para adormecê-las. Tolas meninas que bailaram à noite inteira. E todas , brilharam intensas iguais celestiais colombinas.

"Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, mais uma flor. Quando o apaga, porém, é estrela ou flor que adormecem". Antoine de Saint-Exupéry, Pequeno Príncipe.

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andyfrança
Enviado por andyfrança em 07/05/2018
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